Newton Almeida Foto: Allan Costa Pinto
Com a publicação da alteração na Medida Provisória 415 que proíbe o consumo de qualquer quantidade de álcool antes de dirigir - no último dia 20, quem sai à noite para um happy hour deve estar atento para transportes alternativos para não acabar infringindo a lei.
Pensando nisso, o deputado estadual Ney Leprevost encaminhou um requerimento para Secretaria Municipal de Comunicação e para a Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) sugerindo que a Lei 11.363 de 2005 seja colocada em prática. A norma autoriza a Prefeitura de Curitiba a promover programas educativos e publicitários para incentivar o uso do serviço de táxis na capital.
“Movimento”.
Desde que foi sancionada, a lei - de autoria do próprio Ney Leprevost, quando ainda era vereador da cidade não implicou em ações efetivas ao que ela propõe.
“A idéia, a princípio, é conscientizar a população das vantagens que pode se ter ao optar por voltar de táxi de uma festa, por exemplo”, afirma Leprevost. Para ele, além de não colocar vidas em risco, o usuário de táxi também acaba economizando, “porque não paga estacionamento, não existe perigo de roubo e não está exposto à ação de vândalos”, ressalta.
O deputado acredita que poderiam haver estudos em conjunto entre Urbs, taxistas e restaurantes, para viabilizar a publicidade.
“Acredito que nada impede a Prefeitura de realizar uma campanha. Os recursos podem ser angariados através de parcerias, com empresas que têm intenção em agregar a marca à uma campanha dessas”, diz.
Para o taxista Francisco Carlos Fernandes, uma divulgação poderia despertar o interesse da população pelo táxi. “A gente vê muita propaganda que incentiva o pessoal a andar de ônibus, mas não tem nada que incentive as pessoas usarem táxi.” Para ele, do mesmo modo que acontece com os vidros traseiros dos ônibus - espaço utilizado para propaganda - a Urbs poderia liberar a publicidade para os táxis.
Já o taxista Luiz Gonzaga acredita que, com a nova lei que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas para quem vai dirigir, o número de pessoas que utilizam o serviço de táxi pode aumentar.
Contudo, ele não considera que um incentivo a quem sai à noite possa fazer diferença significativa na demanda de passageiros. “Curitiba não tem uma vida noturna privilegiada. O movimento aumenta nos finais de semana”, comenta.
Para o diretor de transporte da Urbs, Fernando Ghignone, a Urbs aprova e incentiva a lei. Entretanto, ele explica que até hoje não houve ações nesse sentido por falta de recursos.
Ghignone afirma que a Urbs pode estudar possíveis parcerias com sindicatos correlatos e taxistas para realizar a ações. O diretor sugere que o próprio autor da lei municipal poderia encabeçar uma reunião entre os interessados em aplicar a lei.
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