203 presos em dois meses
Posto da Polícia Rodoviária Federal em Anápolis durante uma das primeiras operações especiais depois que a lei seca entrou em vigor: só nas rodovias federais, 77 condutores foram autuados
Matheus Álvares Ribeiro
Da Editoria de Cidades
Desde que a Lei 11.705, apelidada de “lei seca”, entrou em vigor, em 20 de junho, pelo menos 203 motoristas foram presos, dirigindo embriagados. Destes, 81 foram autuados em Goiânia, 77 nas rodovias federais do Estado e, pelo menos, 35 nas estaduais. Todos ultrapassaram o limite de 0,29 miligramas de álcool por litro de ar e foram encaminhados a delegacias. Eles responderão criminalmente, além de pagar multa de R$ 955 e ter a Carteira Nacional de Habilitação suspensa.
Levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) constatou que, no mês de julho, o número de acidentes com vítimas nas BRs foi 12% menor que o mesmo período de 2007. Foram 13 mortes contra 15 no ano passado. Comparado ao mês anterior, no entanto, o número é ainda menor. Em junho deste ano, 28 pessoas morreram nas vias federais. Em agosto, até o momento, foram sete mortes.
“De um modo geral, os motoristas aprovaram a lei”, afirmou o assessor de Comunicação da PRF, inspetor Newton de Morais. A corporação possui, hoje, 360 agentes fiscalizando 3,1 mil quilômetros de BRs.
O maior número de flagrantes aconteceu na BR-153, dado o grande fluxo de veículos nessa via. Foram 33 casos registrados. Em segundo lugar, está a BR-060, com 24 motoristas flagrados. Mais da metade dos motoristas (54 no total) tinha mais de 40 anos e a maioria apresentou teor alcoólico entre 0,29 e 0,8 miligramas de álcool por litro de sangue.
Apesar dos flagrantes envolverem, principalmente, condutores de motos (38) e carros (36), 19 caminhoneiros foram indiciados por dirigirem embriagados. Dos 93 motoristas flagrados, 27 se envolveram em acidentes. O teor alcoólico mais alto encontrado pela PRF foi de um motociclista que apresentou índice de embriaguez de 1,42 miligramas/litro. Em pelo menos dois casos, a família do condutor se recusou a pagar a fiança, entre R$ 300 e R$ 1,2 mil.
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