quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Bebidas quentes 8% mais caras em outubro

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Bebidas quentes 8% mais caras em outubro


Depois da Lei Seca, o reajuste nos cardápios poderá intimidar ainda mais os clientes a beberem . Preços sofrerão reajuste por conta da alta em 30% na alíquota do IPI (imposto incidente sobre esses produtos)

Com a divulgação do reajuste de 30% na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), incidente sobre as chamadas bebidas quentes, os consumidores cearenses deverão pagar em média 8% a mais pelo vinho, vodka, cachaça e uísque, vendidos em estabelecimentos comerciais do Estado. A perspectiva é do presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Ceará (Abrasel/CE), Augusto Mesquita. ´A carga tributária para o setor, hoje, está muito elevada. O Governo Federal tem que reduzir os impostos e, não, aumentá-los´, comenta Mesquita.

O novo valor passará a valer nos cardápios a partir do próximo dia 1º de outubro. Decreto publicado em 2 de julho, definindo o reajuste, o colocava em vigor já em 1º de agosto, contudo, no dia 31 do mês passado, a Receita Federal adiou a sua vigência.

O titular da Abrasel/CE observa que, após a instauração da Lei Federal 11.705, popularmente conhecida como Lei Seca, que vigora no País desde janeiro, a venda de bebidas alcoólicas já havia sofrido retração. ´Daqui para frente, os clientes ficarão mais intimidados a consumirem essas bebidas´, diz Mesquita, observando que, não apenas a fiscalização feitas pelas blitze, mas, como também os preços, devem desanimar. Ele reclama que adquirir os estoques das bebidas alcoólicas já havia ficado mais caro, recentemente, por conta do reajuste do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) cobrado ao setor.

´Há um mês, com o aumento do ICMS, a garrafa de uísque que comprávamos por R$ 44,00, passou para R$ 62,00. Agora, como o valor deve subir ainda mais, cabe ao consumidor, reclamar dessas medidas´, critica o empresário.

Por outro lado, mesmo com um cenário pouco positivo, tanto para o bolso dos proprietários de bares e restaurantes, como para o dos consumidores; Mesquita prevê incremento entre 15% e 20% no faturamento a ser contabilizado neste ano pelo setor, frente ao registrado em 2007.

Cerveja

Desde 2003, segundo a Receita Federal, o IPI incidente sobre as bebidas quentes não era reajustado. Entretanto, a medida anunciada no último dia 7 não afetará o imposto sobre a cerveja, que sofrerá reajuste apenas em janeiro de 2009. A bebida possui regras de tributação diferenciada.

Lívia Barreira
Especial para Economia

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