quarta-feira, 2 de abril de 2008

Setor protesta contra proibições federais


Setor protesta contra proibições federais
Associações de classe estimam que limitação pode gerar, em todo o País, 400 mil desempregados do universo de seis milhões de trabalhadores

Da Redação

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e a Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes e Bares e Similares (Fnhrbs) realizaram, hoje, o Movimento Nacional em Defesa dos Bares e Restaurantes, que protesta contra as limitações impostas à classe. O principal objetivo do encontro foi o de alertar a população. “O governo anuncia que o número de vítimas nas rodovias diminuiu, depois da Medida Provisória 415, no entanto, as pessoas devem saber que o número de acidentes aumentou, só o de vítimas que caiu e que o número de mortes diminuiu, devido à grande operação realizada pela Polícia Federal”, explica o presidente da Abrasel, Fernando Cabral.

A gota d'água para a realização do movimento, segundo Cabral, foi a Medida Provisória 415, que proíbe a venda de bebidas alcoólicas em estabelecimentos localizados às margens de rodovias. A medida foi implantada uma semana antes do Carnaval e prejudicou a comercialização de bebidas. “O turismo brasileiro, geralmente, ocorre pelas vias rodoviárias, ou seja, de carro ou de ônibus. No caso de ônibus, existe somente um motorista, mas os 40 passageiros do veículo saem prejudicados, pois os estabelecimentos não podem vender bebidas”, revela.

Para a classe, o que deve ser feito é fiscalizar e punir, com maior rigor, os infratores, que forem flagrados embriagados. E não criar medidas para prejudicar os bares. Segundo o presidente da Abrasel, ainda não existe uma estatística acerca do aumento do número de desempregados do setor. No entanto, de acordo com o presidente da associação, um bar que funcionava próximo ao ParkShopping fechou porque não agüentou tantas medidas para coibir a venda de bebidas.

Estima-se que o número de pessoas desempregadas, diretamente, no setor chegue a 400 mil. O setor emprega seis milhões de trabalhadores. O Ministério da Justiça informou ao Coletivo que a medida será mantida, porém pode ser modificada, apesar de não ter nenhuma informação concreta acerca do assunto. (Colaboração da estagiária Vívian Vale).

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