Rodovias Federais
Vilas retomam venda de bebidas em BRs
DNIT delimita faixa de domínio de fiscalização das rodovias em MS e libera o comércio em distritos
27.Fev.2008 | DOURADOS - Comerciantes às margens das rodovias federais em perímetro urbano e em vilas vão poder retomar as vendas das bebidas alcoólicas. No dia 1º de fevereiro, a Medida Provisória 415 entrou em vigor proibindo este comércio em toda a faixa de domínio das rodovias federais, mas um novo regulamento delimitou a fiscalização da Polícia Rodoviária Federal.
A nova medida foi repassada ontem pelo DNIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Trânsito), que encaminhou à PRF um ofício definindo preliminarmente as faixas de domínios das rodovias federais de Mato Grosso do Sul ou em local a ela contíguo onde serão proibidas a venda.
De acordo com o inspetor da PRF de Dourados, Valdir Brasil, entre os quilômetros 254 (Embrapa) e 265 (Parque de Exposição) da BR-163, o comércio também está liberado. "Agora os comerciantes de Vila Vargas, São Pedro, Cruzaltina e Vila Sapé poderão retomar suas vendas" afirmou.
Na região de Dourados nenhum estabelecimento foi autuado depois que a lei entrou em vigor. Brasil enfatiza que as fiscalizações vão continuar nas faixas de domínio e o comerciante que for flagrado vendendo bebida alcoólica será punido. A multa para quem descumprir com a lei será de R$ 1,5 mil. No caso de reincidência, o valor dobra e o comerciante ainda terá o acesso do estabelecimento à rodovia suspenso por dois anos.
Prejuízos da MP
O comerciante da única pizzaria de Vila Vargas, Luiz Mussulini, o Gaúcho, conta que suas vendas caíram em 90% desde que a MP entrou em vigor. Como alternativa disse que comprou um terreno a 500 metros da rodovia para construir outra pizzaria. O gasto com o terreno e com os materiais de construção são de R$ 16 mil."Agora fiquei no prejuízo, disseram que a lei iria valer para sempre", desabafou, embora comemorando o novo ofício do DNIT.
Ele comenta que os seis estabelecimentos defronte sua pizzaria fecharam as portas, inclusive, um dos dono da mercearia estava vendendo o salão comercial por R$ 40 mil. Antes da MP, o valor era de R$ 80 mil. "Todos os estabelecimentos desvalorizaram, os comerciantes desanimaram muito. A cerveja é o carro-chefe de qualquer comércio à beira de estrada. Eu vendia 80 pizzas nos finais de semana, mas com a lei despencou para 30. Tive que dispensar três funcionários" relatou. Já o comerciante Paulo Félix da Silva, disse que as vendas de sua mercearia caíram em 90%. "Antes as pessoas paravam para tomar um aperitivo e aproveitavam para consumir outras mercadorias. Com a MP somente os moradores da Vila passaram a consumir" comentou. (Colaborou Flávio Verão)
Vilas retomam venda de bebidas em BRs
DNIT delimita faixa de domínio de fiscalização das rodovias em MS e libera o comércio em distritos
27.Fev.2008 | DOURADOS - Comerciantes às margens das rodovias federais em perímetro urbano e em vilas vão poder retomar as vendas das bebidas alcoólicas. No dia 1º de fevereiro, a Medida Provisória 415 entrou em vigor proibindo este comércio em toda a faixa de domínio das rodovias federais, mas um novo regulamento delimitou a fiscalização da Polícia Rodoviária Federal.
A nova medida foi repassada ontem pelo DNIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Trânsito), que encaminhou à PRF um ofício definindo preliminarmente as faixas de domínios das rodovias federais de Mato Grosso do Sul ou em local a ela contíguo onde serão proibidas a venda.
De acordo com o inspetor da PRF de Dourados, Valdir Brasil, entre os quilômetros 254 (Embrapa) e 265 (Parque de Exposição) da BR-163, o comércio também está liberado. "Agora os comerciantes de Vila Vargas, São Pedro, Cruzaltina e Vila Sapé poderão retomar suas vendas" afirmou.
Na região de Dourados nenhum estabelecimento foi autuado depois que a lei entrou em vigor. Brasil enfatiza que as fiscalizações vão continuar nas faixas de domínio e o comerciante que for flagrado vendendo bebida alcoólica será punido. A multa para quem descumprir com a lei será de R$ 1,5 mil. No caso de reincidência, o valor dobra e o comerciante ainda terá o acesso do estabelecimento à rodovia suspenso por dois anos.
Prejuízos da MP
O comerciante da única pizzaria de Vila Vargas, Luiz Mussulini, o Gaúcho, conta que suas vendas caíram em 90% desde que a MP entrou em vigor. Como alternativa disse que comprou um terreno a 500 metros da rodovia para construir outra pizzaria. O gasto com o terreno e com os materiais de construção são de R$ 16 mil."Agora fiquei no prejuízo, disseram que a lei iria valer para sempre", desabafou, embora comemorando o novo ofício do DNIT.
Ele comenta que os seis estabelecimentos defronte sua pizzaria fecharam as portas, inclusive, um dos dono da mercearia estava vendendo o salão comercial por R$ 40 mil. Antes da MP, o valor era de R$ 80 mil. "Todos os estabelecimentos desvalorizaram, os comerciantes desanimaram muito. A cerveja é o carro-chefe de qualquer comércio à beira de estrada. Eu vendia 80 pizzas nos finais de semana, mas com a lei despencou para 30. Tive que dispensar três funcionários" relatou. Já o comerciante Paulo Félix da Silva, disse que as vendas de sua mercearia caíram em 90%. "Antes as pessoas paravam para tomar um aperitivo e aproveitavam para consumir outras mercadorias. Com a MP somente os moradores da Vila passaram a consumir" comentou. (Colaborou Flávio Verão)
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